Este livro é um ensaio de crítica da noção de "autonomia" fabricada pelo sistema hegemônico neoliberal do século XXI no Ocidente. Tal abordagem visa abrir um espaço de análise ôntico-ontológica, a partir das obras de Byung-Chul Han e Hannah Arendt, sobre essa nova modulação de "sociedade de autônomos" que torna cidadãos "empresários de si" e "alienados do mundo". Contudo, trata de mostrar também que é possível resistir ao individualismo niilista pela subversão do próprio "primado da autonomia", reinscrevendo o conceito na compreensão arendtiana de Política. Dessa perspectiva, requalifica-se a singularidade em meio à pluralidade, levando a um cuidado de si que esteja decisivamente tramado no cuidado do mundo. Uma "autonomia político-plural".