José Maria de Eça de Queirós, um dos lumináres da literatura portuguesa, nasceu em 25 de novembro de 1845, na pitoresca cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Sua trajetória acadêmica foi marcada por estudos em direito na prestigiada Universidade de Coimbra, moldando seu intelecto e perspectiva. Além de se destacar como advogado, Eça de Queirós também se imergiu no mundo do jornalismo em Lisboa, demonstrando versatilidade e agudeza em suas observações sociais.
Em 1886, sua vida pessoal ganhou um novo capítulo com o casamento com Emília de Castro Pamplona, uma união que lhe trouxe dois filhos e enriqueceu sua experiência de vida. Eça de Queirós não só deixou um legado familiar, mas também uma herança literária imensurável. Entre suas obras mais aclamadas estão "O Crime do Padre Amaro" (1875), revelando as contradições da sociedade portuguesa, "O Primo Basílio" (1878), uma crítica mordaz à moralidade burguesa, "Os Maias" (1888), um retrato intricado das complexidades sociais e familiares, "A Ilustre Casa de Ramires" (1900), que combina história e ficção de maneira magistral, e "A Cidade e as Serras" (1901), um trabalho que reflete sobre a tensão entre o urbano e o rural.
Sua influência na literatura lusófona é incontestável, marcada por um realismo crítico e uma habilidade inigualável de tecer narrativas envolventes. Eça de Queirós faleceu em Paris, em agosto de 1900, mas deixou um legado que continua a influenciar e a inspirar leitores e escritores em todo o mundo. Sua obra permanece um testemunho vívido da sociedade de sua época e um marco eterno na literatura mundial.