Escrita entre 413 e 426, A cidade de Deus é uma obra cujas abordagens, articulações e projeto tornam-na enciclopédica, um texto fundamental do cristianismo, que toca, entre outros muitos e variados de seus temas, a natureza de Deus, o martírio, o judaísmo, a origem e a substancialidade do bem e do mal, o pecado e a culpa, a morte, o direito e a lei, a contingência e a necessidade, o tempo e o espaço, a providência, o destino e a história. Seus 22 livros dividem-se em duas grandes partes: os livros 1-10 – dos quais temos neste volume os seis primeiros – defendem o cristianismo das acusações dos pagãos e analisam questões sociopolíticas e religiosas. Na segunda parte, livros 11-22, Santo Agostinho trata da salvação humana. Nesta obra monumental, a cidade é mais que um lugar, é uma cidadania, uma condição marcada ou pelo amor a Deus, até o desprezo de si, ou pelo amor a si, até o desprezo de Deus.