Miguel González
Bom filme. Reflete sobre a morte sem cair no melodrama. Como em outros filmes que abordaram o tema (“Truman”, “Mar adentro”, etc), a morte é um pretexto para falar da vida. Mas a obra introduz um novo ponto de vista, a vida das pessoas como relato cujo roteiro é escrito por elas mesmas. Com efeito, o escritor acaba a seu romance quando ele acha que deve terminar, não quando acaba o papel. É claro, esta não é uma visão comum, Madeleine, a protagonista, é uma mulher estremadamente lúcida. Biologicamente, o ser humano ambiciona a imortalidade. Mas existem outros factores que influem, como o cultural. Nesse sentido, a personagem da doméstica africana o sugere quando explica a Madeleine a naturalidade com a que os africanos convivem com a ideia da morte. Marthe Villalonga e Sandrine Bonnaire têm umas excelentes atuações.
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