O Paço Velho numa das sete colinas da cidade. Sala
de receçÃĢo. Ao fundo quatro janelas, com cortinados de veludo, dum vermelho
puÃdo, jÃĄ sem brilho. As paredes, vazias, tÊm grandes manchas de humidade. Ã
esquerda e ao fundo, uma porta dando para o exterior. Ainda do mesmo lado,
perto da cena, o trono. Tem um dossel com armas reais, tÃĢo complexas de signos
herÃĄldicos, que ÃĐ impossÃvel, mesmo a um erudito, decifrÃĄ-las. As armas estÃĢo
cobertas de crepes. Sob o dossel, num estrado, uma cadeira teatral cujo
espaldar remata numa coroa. A direita e ao centro, dando para o interior uma
porta larga e baixa, com um reposteiro armoriado de cores mortas. No primeiro
plano, Ã direita, uma mesa escura com duas cadeiras conventuais de espaldares
de couro. Sobre a mesa uma serpentina de prata. Pelas janelas abertas veem-se
cimos de ÃĄrvores de jardim, perspetivas confusas de casaria, descendo a colina
atÃĐ ao rio, animado de milhares de mastros, com a outra margem mal distinta na
luz dÚbia. O teto ÃĐ de carvalho apainelado, tendo ao centro um escudo de armas
colorido. No chÃĢo um tapete com grandes flores fanadas.