Triste Fim de Policarpo Quaresma

Lima Barreto · Edições Câmara

07/2017 · Prazer de Ler Livro 9 · Edições Câmara

Acerca deste livro eletrónico

Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911), romance publicado inicialmente em folhetim, é a obra-prima de Lima Barreto. O protagonista é um personagem quixotesco cuja trajetória de embates com a realidade possibilita uma narrativa com riqueza de observação e crítica profunda à sociedade, atingindo a caricatura.

A ingenuidade e o idealismo de Quaresma realçam, em contraste, a malícia e os interesses ocultos que o circundam. Esse desencontro, persistente por todo o romance, às vezes serve aos efeitos cômicos da trama, mas noutras revela as deformidades sociais denunciadas ostensivamente pelo autor.

Classificações e críticas

Apesar de não ter sido minha leitura preferida, mesmo ocasionalmente me arrancando risos e de eu ter gostado da obra como um todo, o livro estimula questionamentos da época que continuam sendo muito presentes na atualidade. Então Triste Fim é super válido pra levantar discussões que nos circulam cotidianamente. Os personagens são reflexos de pessoas que a gente conhece (ou, inclusive, da gente). Eu achei o livro inteligente; a narrativa, estratégica, o que me fez lembrar por que um clássico é um clássico.

chorei muito com o rumo final da obra mas é um fim necessário para abrir uma reflexão para os acontecidos da época em que se passa, e reflexões infelizmente ainda atuais. não só o fim mas a obra ao todo é uma exploração de reflexões sociais firmemente atuais.

É difícil ser patrióta em um país desorganizado como o Brasil daquela época. Quaresma foi morto pelas armas do país que ele amava, lutou por suas utopias ( o que o caracteriza como um personagem quixtesco) e este é o maior ensinamento deste livro que pode ser descrito com a velha frase : a utopia está na linha do horizonte, ao modo que dou dois passos ela se afasta três é pra isso que serve a utopia para nos manter caminhando.